Tanta gente diz tanta coisa. Tanta coisa por dizer. Tantos ditos malditos. Tantas falas à metade. Tantos juízos em poucas palavras. Tantas mentiras a serem ocultadas. Tanto dinheiro a ser poupado, escondido. Tantas mortes a serem evitadas. Tantas crianças a sorrir. Tanta fome a matar. Tantas mulheres a serem amadas, compreendidas e respeitadas. Tantos preconceitos a serem derrubados. Tantos deuses adorados. Tanta gente libertada. Tanto quanto me espanto com a vida.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Minha poesia
A minha poesia é dia
A linha que alinha
É advinha a magia
Fazia poesia
Tremia e gemia
Mas ainda era dia
A minha poesia era noite
De chuva
De lua bem cheia
Redonda e amarela
Aninha-se no colo
Alia-se e num beijo
Esconde-se
A minha poesia era
Apenas espera
De pena, de dó
Ela só era
Era só dela
O cheiro da flor
O meu coração
Meu pequeno amor!
sexta-feira, 24 de maio de 2013
O caroço
Eu não quero sol
não, não quero sol
Não quero também descansar
quero ver o tempo passar.
Quero mais do que o dia
não quero um bom livro
nem cama nesse friozinho.
Eu quero muito café com bolacha
água e sal com requeijão
quero mais que margarina no pão
Eu quero olhar pela janela
sentir o vento que vem de lá
e que balança a cabeleira.
Queria ver a dança
queria ser a lança
queria ser mais moço
Queria ser o poço
Mas sou apenas
o que sobrou do fruto,
o caroço.
não, não quero sol
Não quero também descansar
quero ver o tempo passar.
Quero mais do que o dia
não quero um bom livro
nem cama nesse friozinho.
Eu quero muito café com bolacha
água e sal com requeijão
quero mais que margarina no pão
Eu quero olhar pela janela
sentir o vento que vem de lá
e que balança a cabeleira.
Queria ver a dança
queria ser a lança
queria ser mais moço
Queria ser o poço
Mas sou apenas
o que sobrou do fruto,
o caroço.
Assinar:
Postagens (Atom)