terça-feira, 12 de maio de 2015

Eu tô na luta!

Sabe o que eu quero?
Também quero meus alunos de volta, minhas aulas, minha rotina. Mas antes de tudo isso, quero que este desgoverno devolva minha dignidade que foi arrancada a fórceps com bombas, gás e balas de borracha no dia vinte e nove de abril. 
Quero o respeito que eu mereço com educador, mas também como cidadão cumpridor dos meus deveres. 
Quero que minha escola abra as portas pra receber os alunos, mas exijo do governo paranaense uma retratação, mesmo que simbólica, sobre a agressão física e moral que sofri. 
Pra mim não é suficiente todas as palavras hipócritas que proferiu em rede nacional. 
Eu sigo em greve, pois tenho objetivos e não estou satisfeito com o tratamento que este desgoverno tem reservado a minha pessoa. 
Sou professor, sou educador. 
Não sou cachorro vira-lata que vai pra casinha abanando o rabo quando o dono manda. 
Tenho uma companheirada de luta que me acompanha e é nessa turma que me escoro nos meus momentos de fraqueza. 
E a fraqueza existe, até mesmo por baixo da minha barba e da minha cara de bravo, mas nestes momentos eu levanto a cabeça, olho ao meu redor e vejo que estou cercado de guerreiros e guerreiras que me apoiam e estão comigo. 
À luta companheirada, pois o inimigo é cruel e ardiloso. 
Sigamos na peleia.