quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Abre o olho Pedro

Num dia normal de uma semana normal de um mês qualquer de um ano igualmente normal, ele saiu de casa.
Ao levantar-se, calçou suas pantufas de tigres e, ao passar pelo corredor da casa, viu seu reflexo no espelho. Não percebeu o quanto aquelas pantufas eram espalhafatosas, ridículas e nem um pouco simpáticas. Foi ao banheiro, levantou a tampa do vaso e urinou longamente, pois durante a noite ficara com preguiça de se levantar. Abriu o armário. Pegou sua escova de dentes, girou preguiçosamente a tampa do tubo de creme dental e espremeu com força. Ele gostava de fazer bastante espuma enquanto escovava os dentes. Ainda com a escova na mão, modelou uma espessa barba branca com a espuma abundante que saia dos cantos da boca. Fez caras e bocas diante do espelho. Não achou graça. Terminou o ritual higiênico no banheiro e voltou para o quarto.
Era um quarto pequeno, uma cama de solteiro com um colchão bastante surrado. Um lençol quase transparente. Na janela, um cobertor pendurado em pregos, simulando uma cortina. Um pequeno criado mudo, que ele mesmo havia feito, na cabeceira da cama, que servia apenas para acomodar o seu despertador, que era um daqueles antigos, com três pés e campainha acionada por um pequeno martelo e que ele tinha que dar corda todas as noites antes de ir dormir. Das três portas do seu pequeno guarda-roupa sem gavetas, ele utilizava apenas uma, a do meio. A porta do meio dava acesso às suas calças, camisas e sapatos.
Tinha uma muda de roupa exatamente igual para cada dia da semana. Sete calças, sete camisas, sete cuecas e sete pares de meias. Os sapatos eram sete pares também, mas não eram iguais, era um diferente do outro. Tudo isso porque ele nunca fazia escolhas. Quando era necessário se decidir entre uma coisa e outra, ele ficava sempre muito confuso. Esse problema acabou quando optou por roupas iguais. Os sapatos diferentes eram para dar um toque de contraste. Um par de sapato diferente para cada dia da semana, definido através de rigorosos critérios onde foram relacionados, de alguma forma, as cores dos calçados aos dias da semana.
Pegou as roupas e os sapatos que eram usados na quarta-feira. Vestiu sem pressa. Não tomou café, nem comeu nada. Saiu apressado com a chave do carro na mão. No portão, lembrou-se que não tinha carro. Não tinha mais. Seu carro havia desaparecido há muitos anos e ele guardava a chave na esperança de que o carro um dia voltasse.
Com os passos apressados sobre a rua de paralelepípedos, na mão esquerda o seu guarda-chuva preto, de quem não se separava, e na cabeça um amontoado de pensamentos vazios e inúteis, seguiu para o trabalho. No caminho um bom dia aqui e outro acolá. Sempre reclamando, consigo mesmo, das condições daquela rua, que estavam acabando com os seus sapatos. Mas fazia isso em voz baixa, pois não tinha o costume de reclamar de nada, pra ninguém.
Sua rotina era totalmente previsível, assim como suas roupas. Mas naquela quarta-feira o dia estava diferente e logo ele percebeu a mudança.
O seu guarda-chuva nunca havia sido aberto. Nunca, jamais, durante todos os anos em que morava ali, havia chovido. De repente começou a cair grandes gotas de chuva. Aqui, ali, mais adiante. Ele com o guarda-chuva na mão e observando surpreso o toque-toque das gotas no chão. A chuva então veio pesada e o guarda-chuva finalmente teve sua estreia. E que estreia! Não ventava nem relampeava, mas a chuva era intensa e logo se formaram caudalosas enxurradas. Seus sapatos se molharam numa poça. As barras da calça também, mas ele continuou surpreso com a chuva.
Dia esquisito!- pensou olhando admirado para os sapatos molhados.
Atravessou o rio rebelde em que se transformara a rua, e do outro lado, por onde nunca passava, foi recebido por um estranho, que se abrigava do temporal debaixo da marquise de uma livraria.
- Vem pra cá, cabe mais um aqui! – disse o homem.
Será que é comigo!? – pensou ele, já que nunca havia visto tal figura. O homem entendeu e disse em seguida:
- É com você mesmo! Precisa escolher, se decidir, ou encara o desconhecido ou fica aí, com o seu guarda-chuva, o que vai ser?
Ele ficou parado na calçada, pensando sobre aquilo. Pra ele toda situação em que era preciso escolher era muito difícil. Tinha medo das consequências. Se preocupava com os desdobramentos possíveis. Naquele caso, se ele se abrigasse junto com o estranho debaixo da marquise da livraria, estaria mudando seu destino. Sua rotina certinha e previsível se transformaria num emaranhado de situações que fugiriam do seu controle. Pra começar, ele chegaria atrasado ao trabalho e esse fato desencadearia uma série de outras situações totalmente imprevisíveis. Ele poderia ser despedido, levar uma bronca do chefe, assinar o temido livro de advertências, ter um desconto no salário, encarar a censura dos colegas, virar motivo de piada e mais um punhado de consequências até piores. E se ficasse? O que aconteceria? Poderia fazer amizade com aquele homem, escolher um livro da vitrine da livraria, comprá-lo quando a livraria abrisse, voltar pra casa e ler o livro, aprender alguma coisa nova com o livro e com o desconhecido, ouvir sua história, contar a dele, pegar um resfriado, não ir ao trabalho, voltar pra casa e dormir o resto do dia. Eram apenas possibilidades.
Pensou todas estas coisas num átimo de segundo, quando um carro passou numa poça e ele molhou-se da cabeça aos pés. Essa tinha sido a consequência de ficar parado no meio da calçada pensando e tentando decidir o que fazer. E todo molhado como estava, não dava pra ir pro trabalho. Decidiu-se afinal. A primeira decisão em muitos anos. Pulou pra perto do homem, que se espremeu entre as colunas da entrada da livraria. Fechou o guarda-chuva e sentou-se. Sem nenhuma palavra.
- O senhor passa todo o dia por aqui. Sempre do outro lado da rua.
- Sim, sempre.
- E por que atravessou a rua hoje?
- Atravessei? É mesmo, atravessei!!
- Foi a chuva que o fez vir para esse lado, não foi?
- Não sei, realmente não sei.
- Meu nome é Gibraltar, muito prazer!!
Ele, por um momento, ficou confuso. Quem era ele? Quem sou eu? – pensou. Tinha o mesmo nome do pai. Ou era um filho seu que havia recebido o seu nome? Quem era ele? Lembrou-se do seu pai. Lembrou-se das lembranças que havia esquecido, que havia escondido de si mesmo nas gavetas do criado mudo, que nunca abria. Viu a chuva, a bica que caia do telhado e ouviu a linguagem codificada que as gotas de chuva faziam ao bater nos vidros da janela. Chovia muito em suas lembranças. Seu pai estava ajoelhado, com as mãos para o alto. Gritava palavras incompreensíveis. Ele pedia o fim da chuva, o fim das nuvens, raios e trovões. Pedia a presença do sol. Viu, enfim, o pai se apagando como uma vela ao sopro de uma criança. Viu a lápide no fundo do quintal. Lembrou-se de quem e por que?
- Ei, ei, acorda!
- Ah!! Me desculpe! Sou o pai ou sou o filho dele, não sei ao certo, mas pode me chamar de Pedro.
- Então Pedro? Onde você vai ou ia?
- Bem, eu ia ao trabalho.
- Por que ia? Não vai mais?
- Não, não vou não! Nunca mais.
- Isso é bom. Finalmente você se decidiu.
- Não vou voltar pra casa também.
- Isso é melhor ainda, faremos companhia um pro outro.
- Vou ficar por aqui mesmo. Minha vida inicia-se agora, debaixo dessa marquise, conversando com o senhor.
- E o que te levou a essa escolha?
- Não importa. Talvez a chuva, quem sabe, ou o carro, a água, o senhor, sei lá, tanto faz. O fato é que me decidi a ficar por aqui. Estou livre agora. E faço da minha liberdade o que quiser.
- Parabéns, afinal você é mais um que se liberta da prisão do mundo, da rotina, da chatice de ser igual.
Ficaram várias horas ali conversando e a chuva não parava, não parou e nunca mais pararia. O sol jamais seria visto novamente por aquelas redondezas. Resolveram, então, sair na chuva mesmo. Pedro e Gibraltar. Estranhos um para o outro. O primeiro acabava de se libertar, o segundo buscava libertar o mundo.
Subiram a rua de paralelepípedo numa conversa animada sobre qualquer coisa que viesse a cabeça. Gibraltar usava um pesado casaco preto, com grandes botões brancos, na cabeça uma boina, a la Che Guevara e nos pés nada, estava descalço. Enquanto Pedro, com a roupa que vestira em casa naquela manhã, havia esquecido voluntariamente o guarda-chuva na porta da livraria, não precisava mais dele.
Aquele destino o fascinava, não tinha medo de decidir mais nada e não entendia como aquilo havia acontecido. Gibraltar não era mágico ou mago e nem mesmo um deus, mas de alguma forma o ajudou a sair do buraco escuro e úmido onde se encontrava.
Chegaram ao centro da cidade. Não havia carros nas ruas. As lojas estavam todas abertas, mas não havia ninguém lá dentro. Nem funcionários e muito menos clientes. Onde estarão todos? – perguntaram-se. Caminharam pelas ruas do centro, entraram nas lojas, mercados, padarias, bancos e na prefeitura. Não havia ninguém.
Estranhamente eles não se surpreenderam com o sumiço das pessoas. Calmamente rumaram para a saída da cidade e lá, rapidamente, alcançaram a multidão que parecia fugir de algo, mas não estavam. Não havia desespero, pressa ou tristeza. No olhar das pessoas havia apenas um alivio inexplicável.
Era exatamente o que Pedro sentia. E ele se separou de Gibraltar e misturou-se àquela multidão como mais um liberto. A chuva continuava, mais vigorosa do que nunca. Ninguém se incomodava com ela. Crianças, velhos, mães, pais, todos ali, caminhando sem saber pra onde, como encantados por uma música inaudível. Não havia mais escolhas a fazer, nem satisfações a dar.
Pedro foi sacudido fortemente por uma senhora que caminhava ao seu lado. Ela gritava aos seus ouvidos, mas ele não entendia. Fechou os olhos e ouvidos, e quando abriu, ouviu sua mãe lhe perguntando: Por que Pedro? Ele era seu pai!!!

Sinal

Caído, como se tivesse sido jogado, como se fosse um simples boneco. Esparramado no chão. Mas não fui arremessado por ninguém. Do canto de minha boca escorria um sangue amargo, que ainda conseguia tentar engolir. Não sentia minhas pernas e nem os braços, mas meus ouvidos me diziam o que não queria ouvir.
Olhos curiosos me olhavam e julgavam, alguns me condenavam. Era culpado pela minha morte, ou quase morte. Outros advogavam em meu favor, fervorosamente, atribuindo toda a culpa ao motorista do ônibus que me atropelara:
- Ele estava correndo demais!
- Parecia estar bêbado!
- Coitado do moço, se quebrou todo!
Essas opiniões eu podia ouvir claramente. Meu atropelamento era o centro das atenções naquela manhã cinzenta de segunda-feira. Eu queria permanecer vivo mais alguns momentos na esperança dela aparecer. Eu esperaria eternamente. Mas ela não fazia parte daquela pequena multidão que me observava morrer. Ela não viera se despedir de mim.
Eu não a culpo. Acho que eu também não teria coragem de vê-la morrendo. Talvez ela nem tenha visto o acidente, ou se viu, não percebeu que o ator principal do espetáculo era eu. Há também a possibilidade dela ter ficado feliz com o meu destino. Ela, ao ver o acidente, pode ter pensado, com toda a justiça do mundo, que morrer era pouco pra um homem como eu. São muitas as possibilidades e poderia gastar o pouco tempo que tenho tentando identificar uma como provável. O fato é que ela não estava lá.
Eu mereci todo e qualquer pensamento dela, tendo visto ou não o meu acidente. Não mereci qualquer tipo de perdão, se é que existem diferentes tipos de perdões.
Hoje ao sair de casa só tinha um destino. Era presenciar minha própria morte, mas não sabia disso, obviamente. Achava que ficaria a manhã inteira sentado no banco da pequena praça, em frente ao trabalho dela. Esperaria pacientemente que ela saísse pra almoçar. Durante a longa espera pensaria numa forma convincente de pedir perdão. Ensaiaria cada frase, cada palavra, cada silaba, que por acaso não fosse sincera. A espera também serviria pra eu refletir em tudo o que havia feito. Mesmo achando que esse “tudo” não era tão grave assim. Tendo certeza absoluta que ela havia exagerado ao dizer todas aquelas ofensas quando saiu de casa.
Esse era meu plano pra hoje. Mas como nem tudo é como a gente planeja, lá estava, naquele encontro marcado, involuntariamente, com a morte.
Ainda devia ter algum tempo, e isso era bom, já que ainda tinha algumas considerações a fazer. Não conseguia, por mais que me esforçasse, me arrepender do que fiz. Fiz por que quis e talvez fizesse outra vez se houvesse outra oportunidade. Não havia como se arrepender. Não havia como voltar atrás. Eu nem queria.
Ela não compreendeu. Não entendeu minha alma. Talvez tenha ocorrido o contrário. Quem sabe, não é mesmo?
Agora, nessa fração de segundo de vida que ainda me resta, consigo tempo pra pensar nisso. Pesar minhas atitudes e perceber que minhas certezas sempre foram absolutas e por isso, jamais consegui enxergar as verdades dela. Seus desejos e vontades sempre foram suplantadas por uma argumentação fundamentada no meu gigantesco ego.
Nesse momento vejo e lembro de todas as ocasiões em que ela, passiva e pacificamente, aceitou minhas decisões. Não eram simples opiniões sobre sua roupa, filmes a assistir, sabor das pizzas, sobre o jantar, sobre o almoço, sobre nossas parcas amizades, e sim decretos que não davam a mínima chance de recurso a ela.
Sim, eu fui assim. Eu a massacrei sob a sola do sapato como se fosse uma barata. Eu joguei fora tudo de bom que ela sentia por mim. Fui mesmo um desgraçado!
Era só meu aquele fim. Como poderia pedir perdão com as palavras todas da boca pra fora?
Se tivesse conseguido atravessar a rua. Se tivesse falado com ela. Ela teria voltado pra mim. Podia ver o brilho naqueles olhos, lindos! Aquele brilho que significava um perdão irrestrito. Sem perguntas, sem por quês, sem lembranças, sem vingança. Nos beijaríamos e de mãos dadas iríamos almoçar. E nesse ponto, recomeçaria a relação anormal de opressão que havia entre nós. Tudo igual antes.
Os médicos chegaram, com o alarme habitual em ocasiões de emergência. Não vi e nem ouvi, mas imaginei a ambulância do resgate abrindo caminho naquele transito infernal com luzes ligadas e com o barulho ensurdecedor da sirene. Me sentia um sujeito importante. Tudo aquilo era pra mim. Toda aquela atenção dedicada ao meu alquebrado corpo me fez sentir menos culpado pelos meus crimes. Me fez pensar que, apesar de merecer o castigo, ainda tinha algum valor.
Afastaram os curiosos. Não me lembro se foram os médicos ou os policiais que fizeram isso! Bem, não importava. O que importava era que os olhares sobre o que restava de mim se reduziram a três. Um dos médicos segurava um balão de oxigênio e me olhava com um desdém que me incomodava. Sentia que aquele médico não tinha paixão pelo seu trabalho. Olhava pra mim e eu me sentia o resto do mundo. O pior dos animais ainda seria melhor do que eu. Desviei o olhar pro outro médico. Este, veio, trôpego, carregando uma maca. Tinha a expressão preocupada que todos os profissionais deveriam carregar no rosto. Talvez pensasse na minha morte e estivesse com medo. Talvez fosse seu primeiro atendimento e aquilo o estivesse assustando. Vai saber? São apenas possibilidades.
Por último notei naquele que me atendeu diretamente. Foi impossível não notar, já que ele estava bem pertinho de mim. Face a face comigo. Falava coisas que eu não entendia. Eu me vi nos seus olhos. Vi um brilho naquele olhar. O mesmo brilho que havia no olhar dela. Aquele olhar me pedia pra não fechar os olhos, pra que eu me mantivesse acordado, lúcido. Eu estava lúcido. Nunca fui tão lúcido quanto naquele momento.
Tudo ficou confuso de repente. Enxerguei naquele olhar, pela última vez, a vida que perdia e pude sentir o aconchego da morte. Não fiquei triste, nem decepcionado. Um acidente me fez ver tudo aquilo que fui pra ela. O brilho no olhar daquele médico me fez, humilde e pateticamente, pedir perdão.

Quando o despertador tocou, ela já estava de pé. No banheiro, em frente ao espelho, aos soluços, chorava desesperada. A noite havia sido a pior de todas. Seus olhos, com olheiras enormes, denunciavam um sono que não viera. Escovou os dentes, arrumou os cabelos, fez uma leve maquiagem, vestiu-se com a roupa de trabalho, calçou os sapatos, de salto é claro, pegou sua bolsa e saiu. No ponto de ônibus, enquanto esperava, teve tempo de enviar uma mensagem pra mim.

Já é meio dia e está quase na hora dela sair pro almoço e eu continuo sentado neste banco de praça. Leio, indeciso, mais uma vez, a mensagem que ela enviou esta manhã:“Não almoçaremos juntos hoje”. Não sei se atravesso a rua agora ou espero o sinal fechar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Saúde X costume


Hoje precisei de um encaminhamento para um dentista em Apucarana. Fui até o departamento responsável para fazer. Fui muito bem atendido pela funcionária do local, que prontamente fez um pré-agendamento. E só foi pré por que a moça disse que para ser um agendamento completo eu precisaria ter do cartão do SUS. Inoscentemente eu disse: "então vamos fazer o tal do cartão". Pasmem senhores. A moça que me atendeu, muito bem por sinal, disse-me que não podia fazer o cadastro pois não tinha acesso ao sistema. Inoscentemente perguntei quem fazia o cadastro e onde estava. Ela respondeu que a responsável pelo setor estava dando aula. É... isso mesmo... aula no sistema estadual de educação. Uma funcionária do município, lotada com 40 horas semanais, dando aula no período da tarde. Pode isso? Fiquei muito nervoso e preocupado com essa situação, principalmente por que naquele setor não se trabalha no período noturno onde essa ilustre funcionária poderia cumprir seu horário semanal. Andei pesquisando sobre esse assunto de férias vencidas e não posso afirmar nada pois não sou advogado, mas até onde eu entendi as férias deveriam ser gozadas de maneira efetiva, ou seja, os 30 dias diretos. Qualquer forma além disso é acordo interno e se é acordo interno, ao meu ver tem que ser feito de forma que não prejudique os usuários do serviço e muito menos lesem o patrimônio público. Pode ser que eu esteja enganado e tenha interpretado equivocadamente as informações que busquei, se esse for o caso não terei problema nenhum em me retratar.

Vejam bem, estou defendendo um direito que é meu. Eu precisei de um serviço bem prestado e não foi isso que eu encontrei. Não estou questionando se essa funcionária tem férias vencidas ou não, pode ser que tenha e esse direito não se discute. O que questiono é o fato do setor parar com a ausência de um funcionário. Isso é muito perigoso, principalmente para o setor de saúde, onde os erros ou omissões podem custar muito caro.

Hoje mesmo expus ao prefeito essa situação, que garantiu que será resolvida. Estou de olho!