SILVA, Edmilson R. Textos Sobre Assuntos Aleatórios, Mas Sem Importância Alguma. Edição Única. Kaloré: Liberdade, 2008.
Tanta gente diz tanta coisa. Tanta coisa por dizer. Tantos ditos malditos. Tantas falas à metade. Tantos juízos em poucas palavras. Tantas mentiras a serem ocultadas. Tanto dinheiro a ser poupado, escondido. Tantas mortes a serem evitadas. Tantas crianças a sorrir. Tanta fome a matar. Tantas mulheres a serem amadas, compreendidas e respeitadas. Tantos preconceitos a serem derrubados. Tantos deuses adorados. Tanta gente libertada. Tanto quanto me espanto com a vida.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Rês
SILVA, Edmilson R. Textos Sobre Assuntos Aleatórios, Mas Sem Importância Alguma. Edição Única. Kaloré: Liberdade, 2008.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Sis t'ema
Blá, blá, blá caminhandante
Ele não tinha jeito não de que iria parar mais não. Andava andava parava nunca não. A estradona olhava ele lá longe o fim não tinha. Era muito larga também e ele podia bem aqui andar ou ali e de um lado pro outro sempre atravessava. Mudava muito de idéia e ideiando sempre trocava de lado. Do lado de cá da estradona comprida tinha poca sombra, poca árvore, mas muito tinha comida, poso e sede nem passava. Do lado de lá tudo do contrário era bastante. Tinha poso muito também, mas era debaixo das grandes grandalhonas árvores que lá tinham. Comida poca e do lado de lá a caminhada era difícil muito mais. Vivia então ele atravessando a estradona buscando o que tinha do outro lado. Assim, dessa maneira fazendo poco andava, parava quase. A travessia muito perigosa ficava a cada passo em frente que dava. Havia perigos muito perigosos que podiam por fim à jornada sua. Mas ele perseverava bastante. Prosseguir preciso fosse qualquer sacrifício e ele fazia isso, mesmo tendo que arriscar a vida dele...
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Blá, blá, blá artístico
A arte é para o homem o que o homem talvez seja para deus. Mas somente talvez. A arte como expressão da criatividade talvez não conserve em si tal significado. A arte como beleza. A arte como diverso. A arte como aquilo que pode despertar nos homens sentimentos com infinitas possibilidades. O homem cria, artes e manhas. O homem é a arte que cria não como propósito primeiro de mostrar pra quem quer que seja aquilo que criou, mas sim pra interpretar a si mesmo, com objetivo de entender quais são os propósitos de tudo e todos que o rodeia. O homem cria... recria, copia e transforma, etc. Recria o que foi transformado em algo que já não tinha sentido de ser nomeado como arte. As cópias também são arte. Talvez tudo seja cópia de alguma coisa. De onde os grandes artistas tiraram suas obras primas senão dos originais guardados em suas mentes, mesmo que em frações de segundos de inspiração, naqueles momentos que, talvez por loucura ou por extrema exatidão de sentidos tiveram a lucidez de contribuírem com a humanidade com seus legados, sejam eles escritos, musicados, inventados, pintados? Mas sempre cópias do que já existia dentro de si mesmos...
Blá, blá, blá musical
Canções pairando no ar, trazendo consigo uma sensação de liberdade de sentidos experimentada gradativamente diante das notas. As notas que temos e damos ao que escutamos simplesmente poderiam provocar uma explosão de sinônimos insignificantes. O amor falado nas canções pode ser verdadeiro, mas os sentidos podem nos enganar. As tristezas encontradas em grandes quantidades nas belas e melancólicas melodias podem entregar, a quem as ouve, tudo aquilo que elas menos desejam. Porque ouvimos involuntariamente qualquer coisa que possa nos interessar ou que definitivamente satisfaça nossa curiosidade inconsciente. Os sons encontrados no cotidiano são barulhos ensudercedores quando gostaríamos de viver no silencio. O silencio do escuro. Mas o silêncio, além do escuro, não existe. A vida é feita de sons, música, barulho. Notas musicais que se transformam em melodiosas canções juntamente com todos os outros tipos de ruídos, uns fabricados por nós mesmos, outros naturalmente criados, contribuem para que a loucura do silêncio possa tornar-se utópica. Loucura capaz de elucidar mistérios escondidos nos mais profundos silêncios das mais intrigantes personalidades humanas...
SILVA, Edmilson R. Textos Sobre Assuntos Aleatórios, Mas Sem Importância Alguma. Edição Única. Kaloré: Liberdade, 2008.
Blá, blá, blá reflexivo
O desespero sentido pelas pessoas quando refletem a respeito da vida é compreensível, principalmente porque, geralmente, as pessoas que fazem esse tipo de reflexão, são pessoas que já conseguiram compreender minimamente alguns signos mostrados propositadamente. É percebido a superficialidade de alguns conceitos que temos como os mais absolutos, e que jamais se modificarão ou que nunca haverão de transmutar-se em alguma outra verdade que não satisfaça nossos próprios egos. Se pensarmos profundamente no nosso trabalho, naquilo que fazemos todos os dias, se analisarmos cada um e todos os aspectos que compõem nossos intermináveis dias, chegaremos a conclusão, talvez, que é