quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Imagine


Imagine o mundo sem ataques suicidas, sem o 11/09, sem o 07/07 londrino, sem as Cruzadas, sem a caça às bruxas, sem a Conspiração da Pólvora, sem a partição da Índia, sem as guerras entre israelenses e palestinos, sem massacres sérvios/croatas/muçulmanos, sem a perseguição de judeus como "assassinos de cristo", sem os problemas da Irlanda do Norte, sem os "assassinatos em nome da honra", sem evangélicos televisivos de ternos brilhantes e cabelo bufante tirando dinheiro dos ingênuos ("Deus quer que você doe até doer").


Imagine o mundo sem o Talibã para explodir estátuas antigas, sem decapitações públicas de blasfemos, sem o açoite da pele feminina pelo crime de ter se mostrado em um centímetro. ...
(R. Dawkins)

Acrescento ainda: sem a bíblia para justificar tantos crimes em nome de deus.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Direitos humanos

Direito à vida, à liberdade e à segurança? A declaração dos direitos humanos, assim como mais um emaranhado de leis, principalmente a constituição federal brasileira, construídas "democráticamente" neste país são belas, completas e "asseguram" muitos direitos. Mas as pessoas estão preparadas pra se defenderem? E mais. As pessoas estão preparadas pra respeitarem os direitos alheios? O estado é composto apenas de gente que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida das pessoas menos favorecidas? As oportunidades são iguais mesmo ou é mais um discurso retórico? Aquelas pessoas que nunca tiveram nenhuma oportunidade, se quiserem e na hora que quiserem conseguirão romper a barreira que as seguram na miséria, econômica e intelectual? Nós, enquanto cidadãos conscientes, o que fazemos? Discutimos esse assunto tão importante, mas continuamos a votar nesse ou naquele político corrupto e safado. Ao sairmos com o nosso carro, insistimos em jogar o lixo pela janela. Ao comprarmos qualquer coisa, esquecemos de pedir a nota fiscal. Sempre damos aquele jeitinho, efusivamente festejado Brasil afora.

O que tem que ser feito? Onde está a solução? Quando a trágica pirâmide social será colocada no chão para que uma nova forma possa surgir? Talvez não precisemos de nenhuma forma geométrica para representar nossa sociedade, mas isso ideológicamente. Sinceramente, acredito que o mundo possa mudar, acredito que nosso país possa mudar, penso que as pessoas possam mudar, mas sinceramente, enquanto as leis e as instituições privilegiarem quem tem mais dinheiro e ou poder, sempre existirá uma gigantesca massa de manobra, ou seja, nós.

O que resta é discutir o tema, aprofundar as reflexões, já que se não podemos ter uma ferrari, ou passar as férias em paris, muito menos passar 15 dias num cruzeiro no atlântico, então que exerçamos nossa liberdade de pensamento para sonhar com um mundo melhor, uma sociedade melhor, sonhar com pessoas melhores.

OBS: Sem cruzar os braços, é claro.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Fim de ano

Ontem à noite foi um espetáculo. Um show mesmo. Fico me perguntando qual é o sentido do tão famoso e festejado reveillon? 

Aqui em Kaloré são repetidas as mesmas idiotices sem sentido cultuadas Brasil à fora e a dentro também. O que se vê é um culto irrestrito à cachaça (leia-se cidra, vodka, uisqui, cerveja e demais bebidas alcoólicas).

As pessoas parecem estar festejando apenas o direito de encher a cara até cair. Aquele antigo costume de usar branco e estourar um cidra e ou champanhe ficou em segundo plano quando o maior objetivo é a brincadeira do quem se molha mais com aquela insossa bebida alcoólica.

Sem falar em todos aqueles cumprimentos sem vontade distribuídos aleatóriamente desejando um feliz ano novo, um ano de muitas conquistas e blá, blá, blá.

Todo mundo fica tão chapado nessa data que tanto faz desejar feliz ano novo, feliz aniversário, feliz páscoa ou até mesmo feliz dia do guarda noturno. Ninguém presta atenção mesmo. O interesse está voltado mesmo no culto divino da cerveja no copo.

É a festa do "desenvolvimento" econômico deste país. Todo mundo feliz, com uns couros de rato no bolso pra gastar. E gastam. Sem dó e sem dor.

Lembro-me que na minha adolescência eram poucos aqueles que podiam ter o prazer imensurável de estourar uma "champanhe", mas agora não, a coisa mudou e isso já está ficando banal, daqui a pouco teremos champanhe francesa nas nossas festas de fim de ano.

Agora, vamos combinar, o nosso prefeito interino gastar a nossa grana, dos contribuintes, pra organizar mais um festival de fim de ano com a cidade no estado em que está, é mais sem sentido do que tudo que já citei. Haveria festa de qualquer forma, com certeza tudo daria certo no final, mas o tesouro municipal tinha que ser usado, afinal, dinheiro é pra ser gasto, principalmente se for o dos outros, o nosso. Enquanto isso nossas ruas continuam intransitáveis e sendo cartão postal das péssimas condições em que se encontram as ruas da nossa cidade.

Mas, como sempre, as autoridades tem que aparecer, dizer que fizeram, dizer qualquer coisa, mesmo que ninguém esteja prestando atenção, por que se não for assim não é Kaloré, não é mesmo?

Podem até dizer que eu sou do contra, e sou mesmo, mas que foi uma armação politiqueira desnecessária foi,   se ninguém percebeu foi por que estavam todos embriagados. Mas tenho certeza que muitas pessoas fizeram esse simples raciocínio, principalmente os nossos visitantes.

Abraços e até a próxima historinha.