terça-feira, 8 de julho de 2014

Sentença

Quando é tarde pra poesia
é cedo pra resignação,
é o medo estampado nos olhos
é a vida pedindo perdão...

como areia escorrendo das mãos
e a saudade dizendo que não.
Tarde pra poesia e
também para a paixão!

enigma indecifrável para cada ação
Inexorável movimento uniforme
embora inalienável decisão

Conforme o atalho, o viver
Um disforme espantalho da razão
É areia escorrendo da mão.

Poesia a 6 mãos: Sergio Donadio, Edmilson Magrão e Walter Morais Júnior

Brisas, blues e promessas

Eis aquele antigo blues que tanto amo, venero
fluindo em minhas infindas veias negras
humanas...
Uma história não contada, vivida, esquecida
Como acabará?

Eis aqueles duendes azuis, que vejo e espero
surgindo em minha frente, sem lei, sem regras
mari juana...
Uma brisa passada, fumada, sofrida
Como acabará?

Não há deus algum nas cintilantes estrelas
nem espíritos andarilhos nos desolados caminhos
Há somente o Nada e o Caos.
Como terminará?

Quem há de ficar eternamente à espera
daquilo que há muito foi prometido?
Só mente aquele que se farta de promessas,
Assim se concluirá!


Poesia feita a quatro mãos no chat do Facebook: Lenon Rosa e Edmilson Magrão.