Tanta gente diz tanta coisa. Tanta coisa por dizer. Tantos ditos malditos. Tantas falas à metade. Tantos juízos em poucas palavras. Tantas mentiras a serem ocultadas. Tanto dinheiro a ser poupado, escondido. Tantas mortes a serem evitadas. Tantas crianças a sorrir. Tanta fome a matar. Tantas mulheres a serem amadas, compreendidas e respeitadas. Tantos preconceitos a serem derrubados. Tantos deuses adorados. Tanta gente libertada. Tanto quanto me espanto com a vida.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Destino imutável
Tudo perdido com ideias vagas
Momentos esquecidos, é normal
Palavras e mentes como praga
Idealismo somente na cabeça
Ações incoerentes na prática
A inércia é apenas uma peça
A realidade virtual é drástica
Colher os frutos do valor alheio
Esperar, sem correr nenhum risco
A paisagem de um belo passeio
Trilhas iguais do mesmo disco
Coletivo inútil e desinformado
Não serve se não há consciência
Egoísmo triste e ultrapassado
Discursos, aparente sapiência
Idas e voltas
Destino imutável
Sem força pra mudar
Esperando a morte chegar
Vidas a solta
Presente flexível
Ninguém quer andar
Não querem se machucar
Poucos tem coragem de encarar
Os mesmos que sempre chamam
Donos do destino sempre a marchar
São os que oxigenam e inflamam
Quando a maioria se acovardar
Estarão lá, diante da dificuldade
Enfrentando os monstros sem parar
Estão em toda parte, qualquer cidade
Presos aos preconceitos irracionais
De gente que se esconde calado
Agredidos com palavras intencionais
mostram o resultado idealizado
Vamos explodir o que restou
Não queremos nenhum conceito
Esqueceremos quem não falou
Pra apagar todos os preceitos
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Finalidade
Você aí parado nos observando
Também está sendo observado
O seu pedestal não vai te salvar
Não adianta nos julgar
Seu preconceito vai te levar
Pra um lugar, outro lugar, nenhum lugar
O que é certo ou errado ninguém sabe
Será que você sabe?
Pra onde estamos indo você também vai
Não adianta se apressar
O tempo, o tempo, o tempo
Pra onde você vai nós também iremos
Em condição de igualdade
Não haverá privilégios
Sem religião, profissão ou classe social
Ninguém chegará na frente
Estaremos juntos nessa
Seu conceito sobre nós não vai te resgatar
Nossos gostos não são problema seu
Como nos vestimos também não
Nossa música te incomoda, nem ligo
Caro colega, o problema é seu
Mas no final estaremos lá juntos
E as surpresas serão muitas
Pois chegaremos por um atalho
Liberdade, livre arbítrio, outras escolhas
Seu caminho é diferente do nosso
Calado, cabisbaixo e obediente
Você não olha para os lados
Não percebe a beleza dos detalhes
A riqueza da simplicidade
Os milagres que enchem nossos dias
Mas no final estaremos lá juntos
Pra onde estamos indo você também vai
Não adianta se apressar
O tempo, o tempo, o tempo
Pra onde você vai nós também iremos
Poderíamos caminhar juntos
Mesma estrada, mesma sombra
Seguir de mãos dadas, como iguais
Mas entre nós há um abismo
E a sua queda seria dolorosa
Mas você nunca vai tentar atravessá-lo
Medo, medo, muito medo
Do que não conhece
De se ver, de repente reconhecendo
Que nós somos iguais
Que nossa liberdade nos nivela
E que no fim tudo vai acabar igual
Pra nós e pra você
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Tudo posso em mim mesmo
Não acredito neles
Eu não tenho ambições
Não penso nisso
Ninguém tem nada com isso
Penso o que quero sobre tudo
Visto o que ninguém veste
Gosto do que é bom
Prefiro o charme das etiquetas
Adoro os nomes estrangeiros
Amigos ao toque das teclas
Tudo gravado na memória
Abuso dos meus direitos
Pego o que é meu e seu
Nem tentem me impedir
Uso todos os meus poderes
Nenhuma mágica me escapa
Capturo qualquer movimento
Percebo olhares sobre mim
Devolvo todas as agressões
Quero toda a paz que mereço
Não existe responsabilidades
Aprendo do jeito mais difícil
Mas não deixo de ser o que sou
Não desdigo o que disse
Não desfaço o que fiz
Não aceito conselhos
Não mudo de jeito nenhum
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Não acredito neles
Eu não tenho ambições
Não penso nisso
Ninguém tem nada com isso
Penso o que quero sobre tudo
Visto o que ninguém veste
Gosto do que é bom
Prefiro o charme das etiquetas
Adoro os nomes estrangeiros
Amigos ao toque das teclas
Tudo gravado na memória
Abuso dos meus direitos
Pego o que é meu e seu
Nem tentem me impedir
Uso todos os meus poderes
Nenhuma mágica me escapa
Capturo qualquer movimento
Percebo olhares sobre mim
Devolvo todas as agressões
Quero toda a paz que mereço
Não existe responsabilidades
Aprendo do jeito mais difícil
Mas não deixo de ser o que sou
Não desdigo o que disse
Não desfaço o que fiz
Não aceito conselhos
Não mudo de jeito nenhum