segunda-feira, 30 de junho de 2014

Palavras e feridas

Eu não quero o desespero das palavras plantadas no absurdo
Eu desprezo os tesouros debaixo de tua língua
Menosprezo as estrelas tremeluzindo no céu da tua boca
Pois tu, somente tu, não sabes como a fala fere

Eu não posso sorrir com todas as mensagens cifradas
Eu não vou poder mentir ouvindo mentiras sussurradas
No fundo do poço espero jamais te encontrar
Pois tu, mas não somente tu, não sabes e nem conhece o meu valor

Eu sofro todas as vezes que te encontro
Eu corro de braços abertos ao teu encontro
Morro de amor sozinho depois que me abandonas
Pois eu, e somente eu, sinto prazer em lamber minhas feridas