terça-feira, 28 de julho de 2009

Sela e espora

Em espora de cavalo selado
Tem gente gemendo lá
Gente não é cavalo selado
Pra espora o couro riscá
Gente tem boca pra falá
Boca que pode berrá
Berra sob o cavaleiro
Pra espora nunca mais usá
Se nada disso adiantá
E a espora continuá
Riscando o cavalo selado
Gente pode corcoveá
Tirando os pé do chão
E o cavaleiro derribá
Tudo pode acontecê
Pra gente sobrevivê
Com cavaleiro por cima
Gente sem sabê porque
Mas se tivé corage, sô
Joga tudo por terra
E o cavalo perde o sinhô
Sem espora na barriga
Sem aperto na costela
Carga e chicote nas costa
Nunca mais se aprovô
Gente livre qué vivê
Sem sela e espora
Nem dotô pra obedecê

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