terça-feira, 20 de outubro de 2009

Direcionados?


Nascemos condenados, todos marcados
Livre arbítrio determinando o futuro
E o destino justifica os derrotados
Minha fé, sua fé, nossa fé, nada é puro
Mas onde você vai sem escolher?
Você sempre se decide sem perceber
O controle remoto nunca está na mão
É muito mais fácil culpar a evolução

Toda sua vida você foi conduzido
Induzido, sacudido, impelido e excluído
O que vale a liberdade que foi dada
Com grilhão e algema disfarçada?
Te prendendo na posição de largada
Sem chance alguma de subir a escada
E não há luta, muito menos resistência
Sempre se calando, é a conveniência

Livre arbítrio ou determinismo
No que você crê?
O que pode fazer?
Rompa o limite do pessimismo

Determinismo ou livre arbítrio
Quem é você?
O que vai fazer?
Ficar esperando ou se mexer?

Você pode se orgulhar daquilo que é.
E deve entender aquilo que pode se tornar.
Mas ninguém é culpado pelos seus fracassos.
Você faz o que quiser com aquilo que fizeram de você.

Escrever um livro, plantar uma árvore
É o que vai ficar quando tudo acabar
Ninguém vai lembrar, nem vai perguntar
Você passou por aqui e o que você fez?
Apenas deixou rastros sujos na calçada
Apenas cicatrizes em gente maltratada
Quem você foi jamais será lembrado
Não fique esperando ser contemplado

Pois o melhor prêmio nunca será dado
Tanta coisa a fazer e você aí parado
Arte, música, literatura, o que você faz?
Olha a vida passar, parado de mais
Então não reclame do lugar onde mora
Da roupa que veste, nunca nem agora
É sempre assim que as coisas acontecem
Homens em paz são aqueles que se mexem

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