sábado, 19 de junho de 2010

Cama

Às 5:00 horas da manhã, acordado, a fuga necessária. Cama  que entrega todos os medos. Necessário levantar e despir-se dos pesadelos. Ontem havia sido um sonho com olhares desconfiados. As pessoas, todas elas, muito difícil confiar nelas, mas uma necessidade que ainda levariam todos a um fim bastante triste. Que estrada suja e fétida foi escolhida pra trilhar! Que paisagens desoladoras foram escolhidas pra enfeitar a capa do álbum! Lembranças que todos agora querem esquecer, mas que jamais serão deixadas jogadas em qualquer beirada ignóbil de mentes. Na cama não dá pra continuar dormindo acordado, é preferível acordar pra dormir em paz. A ilusão da vida tem que ser encarada todos os dias com a alegria inocente de uma criança que ganha um brinquedo novo. A vida ilusória que todos tem e buscam sempre um sentido feliz pra ela. Mas a cama continua sendo um lugar misterioso, onde talvez o vazio mentiroso de almas que não sonham possam se encontrar consigo mesmo. O vazio sobre o vazio acaba sendo também algo que nos ilude e nos acalma. A calma que todos precisamos pra viver. Te encarar, encarar ela, eles, vós.... todos vocês e todas as coisas ao redor e, quem sabe, se iludir que você não é, porque não pensa, ou pensa que é exatamente porque acha que é aquilo que pode medir. Ou sonha que é a medida de todas as coisas, como disse um velho filósofo, e perpetua a mediocridade humana. Ah! A cama é o universo perfeito.... blá, blá, blá...

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