sábado, 1 de janeiro de 2011

Fim de ano

Ontem à noite foi um espetáculo. Um show mesmo. Fico me perguntando qual é o sentido do tão famoso e festejado reveillon? 

Aqui em Kaloré são repetidas as mesmas idiotices sem sentido cultuadas Brasil à fora e a dentro também. O que se vê é um culto irrestrito à cachaça (leia-se cidra, vodka, uisqui, cerveja e demais bebidas alcoólicas).

As pessoas parecem estar festejando apenas o direito de encher a cara até cair. Aquele antigo costume de usar branco e estourar um cidra e ou champanhe ficou em segundo plano quando o maior objetivo é a brincadeira do quem se molha mais com aquela insossa bebida alcoólica.

Sem falar em todos aqueles cumprimentos sem vontade distribuídos aleatóriamente desejando um feliz ano novo, um ano de muitas conquistas e blá, blá, blá.

Todo mundo fica tão chapado nessa data que tanto faz desejar feliz ano novo, feliz aniversário, feliz páscoa ou até mesmo feliz dia do guarda noturno. Ninguém presta atenção mesmo. O interesse está voltado mesmo no culto divino da cerveja no copo.

É a festa do "desenvolvimento" econômico deste país. Todo mundo feliz, com uns couros de rato no bolso pra gastar. E gastam. Sem dó e sem dor.

Lembro-me que na minha adolescência eram poucos aqueles que podiam ter o prazer imensurável de estourar uma "champanhe", mas agora não, a coisa mudou e isso já está ficando banal, daqui a pouco teremos champanhe francesa nas nossas festas de fim de ano.

Agora, vamos combinar, o nosso prefeito interino gastar a nossa grana, dos contribuintes, pra organizar mais um festival de fim de ano com a cidade no estado em que está, é mais sem sentido do que tudo que já citei. Haveria festa de qualquer forma, com certeza tudo daria certo no final, mas o tesouro municipal tinha que ser usado, afinal, dinheiro é pra ser gasto, principalmente se for o dos outros, o nosso. Enquanto isso nossas ruas continuam intransitáveis e sendo cartão postal das péssimas condições em que se encontram as ruas da nossa cidade.

Mas, como sempre, as autoridades tem que aparecer, dizer que fizeram, dizer qualquer coisa, mesmo que ninguém esteja prestando atenção, por que se não for assim não é Kaloré, não é mesmo?

Podem até dizer que eu sou do contra, e sou mesmo, mas que foi uma armação politiqueira desnecessária foi,   se ninguém percebeu foi por que estavam todos embriagados. Mas tenho certeza que muitas pessoas fizeram esse simples raciocínio, principalmente os nossos visitantes.

Abraços e até a próxima historinha.

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