E de quais resultados estamos falando? Dos altos índices de evasão, que foram uma das principais justificativas do MEC, que o ensino médio possuem? Por que a escola pública não tem apresentado índices satisfatórios nos diversos mecanismo de medição? Será que os investimentos na educação brasileira não tem dado o retorno necessário? De que retorno estamos falando? Que tipo de formação queremos? Que escola queremos? Que alunos/as queremos formar? Pra qual mundo e pra qual planeta?


Desculpem algum anacronismo e a extrema falta de paciência pra fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre todo o processe de construção das leis que regeram e ainda regem a educação brasileira. Eis o resumo da obra. Posso dizer que, mesmo economizando palavras, de certa forma houve uma trajetória pra termos o que temos hoje. Mesmo ainda incompleto, mas penso que seja o melhor que tínhamos para o momento.
Mas eis que surge no horizonte um governos golpista. E com governos golpista não se pode esperar muita coisa. Ainda mais com um governo que precisa desesperadamente diminuir o tamanho do estado para honrar suas dívidas com aqueles que financiaram o golpe. Nesse sentido eu faço mais uma pergunta: Pra que um ensino básico que oferte o mínimo de formação universal? Pra que? Não caros leitores, não é preciso, pois o mercado precisa apenas de idiotas úteis. Para o mercado de trabalho basta saber apertar alguns parafusos e nada mais.
Pois bem, pra não tornar este texto/desabafo mais chato e maçante do que já efetivamente é vamos às comparações pra que vocês, "ledores", tirem suas próprias conclusões.
Atualmente a LDB prevê uma carga horária de 800 horas e 200 dias letivos em contraponto as 1400 horas da proposta. À primeira vista parece que teremos um avanço, mas o que não está bem explicadinho é que haverá um ensino médio diurno que pode chegar a essa carga horária e um noturno que vai restringir o acesso dos jovens trabalhadores. Mais que isso, fala-se em ensino médio integral. Aí fica a pergunta, como o jovem trabalhador vai estudar o dia todo?
Hoje as disciplinas de Educação Física, Arte, Filosofia e Sociologia são obrigatórias. Na nova regra a inclusão dessas disciplinas será uma decisão "livre" dos estabelecimentos e redes de ensino. Me engana que eu gosto. Na configuração dessas grades será o maior prazer cortar essas disciplinas. E aí sim teremos uma escola de qualidade, afinal pra que serve todas essas porcarias aos nossos alunos. Pra que trabalhador precisa de Arte, pois não frequenta esses ambientes. Pra que filosofia, se já existem um monte de gente pensando por eles. Pra que sociologia se o seu destino está gravado desde o dia do seu nascimento e não vai mudar, é tudo assim mesmo!! Nem vou falar de Educação Física, pois a turma do andar de baixo precisa mesmo é aprender apertar parafusos e porcas.
A língua estrangeira moderna de opcional passa a ser "ofertada" obrigatoriamente a língua inglesa. Sim, Inglês. Esse belo idioma, falado pelos nossos mui digníssimos irmãos do norte e que tem tantos adeptos em terras tupiniquins.
Para ser professor hoje, o indivíduo precisa, obrigatoriamente, de um diploma de curso superior. Com a novidade alardeada pelo golpista e seus asseclas qualquer cidadão de notório saber pode ministrar as aulas. Isso mesmo companheirada, a MP fala em "notório saber". Só rindo mesmo. Pra que estudar então? Rasguem seus diplomas e procuremos alguma instituição que nos deem o tal do "notório saber".

Fui. Chega por hoje. Basta. Não aguento mais. Preciso tentar dormir, pois amanhã, provavelmente teremos mais alguma surpresa do golpista temerário.
Fontes:
http://www.uesc.br/eventos/cicloshistoricos/anais/aliana_georgia_carvalho_cerqueira e
http://appsindicato.org.br/index.php/reforma-no-ensino-medio-e-um-retrocesso/
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