sábado, 3 de abril de 2010

Palavras ao tempo

Enquanto estive fora pude perceber o tempo escapar sutil por minhas mãos. O tempo que tive à minha disposição foi desaproveitado quando tentei, em vão, olhar pela janela, outras janelas, que nada me dizia. Mudas ficaram também todas as palavras que disse ao sabor do vento e estas, mesmo num sussurro, voltavam aos meus ouvidos como um apelo silencioso. Calei-me então. De minha boca apenas o sorriso enigmático dos olhares que encontram a palavra certa, a ocasião oportuna, onde os sonhos podem ser reais. E vivo posso realizá-los. Vivo nesse instante pra perceber-me longe e encontrar em mim a falta de tudo que deixei calado e esquecido no subsolo das palavras que não consegui dizer. 

Melhor esquecer!

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