sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval em Kaloré... 1º Dia

Acabei de chegar em casa. Estava conferindo de perto o "tar" do trio-elétrico aqui em Kaloré. A ideia até que foi boa, mas acredito que não tenha funcionado exatamente como os organizadores planejaram. Penso que vários fatores influenciaram nesse resultado. Citarei apenas alguns exemplos fundamentados em uma observação bastante superficial, já que não suportei permanecer no local mais do que o tempo necessário para constatar o óbvio.
1. O carnaval aqui (e em outros lugares também) é confundido com baderna; anarquia (se ainda fosse o outro tipo de anarquia); bagunça;
2. Nunca vi tanta gente desinformada reunidas em um espaço tão pequeno;
3. O povo confundiu com rodeio ( e nesse caso tenho muitos outros motivos para abominar o que vi nas ruas de Kaloré);
4. As músicas tocadas, e se eu estiver errado por favor me corrijam, não eram de carnaval... nem de longe. Pelo contrário, havia de tudo, mas o que dominava era a inconfundível filosofia dos sertanojos de plantão;
5. Por último e não menos importante cito o campeonato municipal de som... organizado aleatoriamente, mas que cumpriu sua função fielmente, pois conseguiu, com eficiência, encobrir o som do famigerado trio-elétrico.

Bom, talvez eu não seja o mais indicado para escrever esse texto com as observações acima elencadas, pois não escondo nenhuma das minhas controversas opiniões a respeito de diversos temas. Mas não pude resistir. A coisa anda desacreditada e a cada ano piora ainda mais. Não sabemos mais comemorar nada. Nada mesmo. E até o carnaval nós conseguimos estragar, azedar. Sei lá, acho que estou ficando velho mesmo, por que eu lembro-me de ter apreciado muito essa data. Lembro-me de não perder uma noite do carnaval, mas confesso que não me lembro dessa baixaria que eu vi hoje na avenida da minha cidade. Talvez em esteja com a memória um pouco afetada se o meu problema for de velhice e se for esse o caso, desculpem-me por esse desabafo, por favor.

Divirtam-se bastante, com suas músicas que não significam nada pra cultura popular; com sua sensualidade, com suas garrafas de bebidas, com sua doce ilusão e com a certeza de que é apenas diversão simples e inocente.

Muito obrigado pela parte que me toca, mas prefiro me retirar desse circo de horrores!!!

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