quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Programa Antitabaco em Kaloré



O Programa Antitabagismo é uma política federal de atendimento às pessoas interessadas em parar de fumar, portanto é inteiramente financiado pelo S.U.S. Todos os medicamentos e procedimentos realizados são pagos pelo sistema único de saúde. Esse é o primeiro ponto. 

Para entendermos melhor como funciona o programa vou descrever o “passo a passo” de como acessar o serviço aqui em Kaloré e qualquer outro lugar do Brasil. Na cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, por exemplo, atendeu em 2011 68 pessoas. Esse atendimento foi feito atendendo às normas estabelecidas pelo Programa Nacional de Combate ao Tabaco, elaborado pelo Instituto Nacional do Câncer – INCA e pelo Ministério da Saúde.

Vamos ao programa:

1. O interessado deve procurar a secretaria de saúde de seu município; 
2. Ir até a unidade de saúde mais próxima de sua casa; 
3. Passar por uma avaliação clínica para determinar o grau de dependência; 
4. Se a dependência for considerada física o paciente deve ser encaminhado para um grupo de apoio coordenado por profissionais da saúde; 
5. Caso haja dependência psicológica, o paciente receberá o tratamento adicional com remédios. 

Basicamente é isso. Não tem muito segredo e nem dificuldades. Os remédios são todos gratuitos. São utilizados adesivos e gomas de mascar para os níveis mais baixos de dependência e nos níveis mais altos é utilizado o anti-depressivo Bupropiona. E em casos crônicos o paciente ainda pode ser encaminhado para um Centro de Atendimento Psico-Social (Caps). 

Com esse procedimento, segundo o INCA, os índices de pessoas que deixam de fumar fica em torno de 40% e 50%, que são dados da organização mundial de saúde.

Bom, agora que já compreendemos minimamente o tema posso lançar algumas reflexões e indagações sobre o citado programa aqui em Kaloré. Por favor, não considerem esse matéria uma crítica, ao contrário, é apenas um “querer saber”, um indicativo de solução de um possível problema e mais, pode ser a prevenção de problemas ainda muito maiores. Vamos aos questionamentos:

1. Quem é o responsável pelo programa em nosso município? 
2. Como é feita a triagem? 
3. Quem são os médicos envolvidos? 
4. Onde são realizadas as reuniões? 
5. Com que freqüência? (o programa fala em 3 ou 4 reuniões semanais) 
6. Quantas unidades dos medicamentos vieram pro município? (adesivos, gomas de mascar e BUP) 
7. Os medicamentos estão sendo distribuídos? 
8. Onde estão estocados? 
9. Como estão os prazos de validade desses medicamentos? 
10. Etc...

Enfim, apenas questionamentos que são facilmente respondidos se o programa estiver sendo executado tal como o prega o Inca e o Ministério da saúde. Se não for o caso, aí estamos com problemas, já que não é apenas uma questão de saúde pública, mas também uma questão econômica, pois sei, por experiência própria, que esses medicamentos são muito caros.

Fontes:






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