segunda-feira, 12 de maio de 2008

Blá, blá, blá artístico

A arte é para o homem o que o homem talvez seja para deus. Mas somente talvez. A arte como expressão da criatividade talvez não conserve em si tal significado. A arte como beleza. A arte como diverso. A arte como aquilo que pode despertar nos homens sentimentos com infinitas possibilidades. O homem cria, artes e manhas. O homem é a arte que cria não como propósito primeiro de mostrar pra quem quer que seja aquilo que criou, mas sim pra interpretar a si mesmo, com objetivo de entender quais são os propósitos de tudo e todos que o rodeia. O homem cria... recria, copia e transforma, etc. Recria o que foi transformado em algo que já não tinha sentido de ser nomeado como arte. As cópias também são arte. Talvez tudo seja cópia de alguma coisa. De onde os grandes artistas tiraram suas obras primas senão dos originais guardados em suas mentes, mesmo que em frações de segundos de inspiração, naqueles momentos que, talvez por loucura ou por extrema exatidão de sentidos tiveram a lucidez de contribuírem com a humanidade com seus legados, sejam eles escritos, musicados, inventados, pintados? Mas sempre cópias do que já existia dentro de si mesmos...

SILVA, Edmilson R. Textos Sobre Assuntos Aleatórios, Mas Sem Importância Alguma. Edição Única. Kaloré: Liberdade, 2008.

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