terça-feira, 13 de maio de 2008

Sis t'ema

Olha amor, não posso mais ficar preso às suas correntes. Eu te amo e sei que vou sofrer longe de você, sofrer demais, porém a dor que vou sentir não me faz desistir de desistir de você. Por que você nunca me amou, você apenas me usou e tenho certeza que ainda vai continuar usando, se eu resolver ficar, assim como fez com todos os outro antes de mim e depois também com certeza fará. Não aguento mais beber coca-cola, mesmo sem querer, só porque você me obriga, isso não pode ser amor. Não posso mais permanecer desejando poder desejar que qualquer coisa esteja aos meus pés, ao meu alcance, somente por que você me diz que eu posso e que eu tenho direito de desejar o que quiser. Não suporto nem mais um minuto olhar pra todas as coisas que você gosta expostas nas tantas vitrines por aí. Detesto todos os feriados prolongados e comemorativos, justamente por estar enojado desses teus anseios exagerados em gastar mais do eu ganho. Enfim, isso não pode ser amor. Isso, obrigatoriamente tem que ser ódio. E pra me livrar de você eu prefiro morrer, mas antes disso quero te fazer um pedido: Por favor não chores no meu velório. Você deve sorrir, aliás, você vai sorrir, pois você terá muitos motivos pra isso, afinal, com certeza, meu caixão será do melhor que o dinheiro pode comprar, repleto de lindas, perfumadas e caras flores.

SILVA, Edmilson R. Textos Sobre Assuntos Aleatórios, Mas Sem Importância Alguma. Edição Única. Kaloré: Liberdade, 2008.

2 comentários:

Valtércio Mendes disse...

legal o texto.. o trite é saber que existem homens nessa situação hehehehe

Um forte abraço!!

Valdenísia Mendes disse...

é complicado...