segunda-feira, 12 de maio de 2008

Blá, blá, blá reflexivo

O desespero sentido pelas pessoas quando refletem a respeito da vida é compreensível, principalmente porque, geralmente, as pessoas que fazem esse tipo de reflexão, são pessoas que já conseguiram compreender minimamente alguns signos mostrados propositadamente. É percebido a superficialidade de alguns conceitos que temos como os mais absolutos, e que jamais se modificarão ou que nunca haverão de transmutar-se em alguma outra verdade que não satisfaça nossos próprios egos. Se pensarmos profundamente no nosso trabalho, naquilo que fazemos todos os dias, se analisarmos cada um e todos os aspectos que compõem nossos intermináveis dias, chegaremos a conclusão, talvez, que é em vão. Toda a nossa vida passamos trabalhando, dormindo, tomando banho, estudando, amando, procriando, construindo, destruindo, etc ao infinito. A vida é isso, alguns poderiam afirmar e afirmam. Outros poderiam dizer que a vida não pode ser só isso. Mas então o que é, afinal, que estamos fazendo todos aqui parados no tempo esperando?

SILVA, Edmilson R. Textos Sobre Assuntos Aleatórios, Mas Sem Importância Alguma. Edição Única. Kaloré: Liberdade, 2008.

Um comentário:

Henrique disse...

A vida normalmente não passa do mero viver do cotidiano, mas quando você falou em passarmos os dias amando, acho que, talvez, esse seja o sentinmento que move alguma esperança no viver. Apesar de nossas angústias, nossos medos e nossas dúvidas, estamos sempre em busca de algo para amar, algo que traga a felicidade. Alguns amam suas familias, outros sua profissão, existe o amor entre homens e mulheres e muitos outros amores. Tomando emprestado uma frase de um cara foda " É presciso amar as pessoas como se não houvesse amanha".