sexta-feira, 2 de julho de 2010

Agora

...e agora? Os sonhos que tive nessa hora. A morte que espero pacientemente. A vida que vivi, displicente. Os desejos que alimentei inutilmente. Os planos que fiz somente. A realidade que tenho na verdade. Nada disso é mais do que nada. Tudo isso é mais do que preciso. Não quero me apegar a nada. Nada que me escravize e que me prenda. Não presto atenção. Não há amigos nem amores capazes de me segurar. Jamais vou sonhar com o sossego infeliz do amor. Nem mesmo vou estar infeliz sozinho. A solidão é a única companhia desejada. A estrada, o caminho, a trilha, a morte que me espera nas esquinas é só minha e não a divido com ninguém...

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