Na noite janelas entre abertas
Entre entregas que desfazem
Nada feito ou desfeito por um
Por um vão se misturando
Multidão que se confunde
Coleção de pobres seres
Comunhão de muitos jogos
Senso insensível e só
Você não é e eu também não
Ninguém é mais do que nada
Simplificação da mesma coisa
Aleatoriamente organizados
Os contentamentos onde estão?
Na mesmice de permanecer igual
Na idiotice das frases feitas
No baile das opiniões compradas
E agora estamos aqui
Sendo questionados sobre tudo
Somos culpados do que não fizemos
E inocentes pelo que pensamos
Refletimos sempre de mãos atadas
E nenhum de nós se conhece
Estamos perdidos e solitários
Num mar de idéias que nos une
Vivos ou mortos, aqui jaz
Dormir ou acordar, satisfaz?
Sorrir ou se coçar, tanto faz
Ouvir ou perguntar, e a paz?
E agora estamos aí
Sendo confundidos sobre o todo
Somos prisioneiros do que sonhamos
E réus primários pelo que omitimos
Tudo acabará como tem que ser
Todos infelizes para sempre
Exceções de sorrisos amarelos
Colhendo aquilo que plantou
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