quarta-feira, 18 de março de 2009

Organização aleatória

Na noite janelas entre abertas

Entre entregas que desfazem

Nada feito ou desfeito por um

Por um vão se misturando


Multidão que se confunde

Coleção de pobres seres

Comunhão de muitos jogos

Senso insensível e só


Você não é e eu também não

Ninguém é mais do que nada

Simplificação da mesma coisa

Aleatoriamente organizados


Os contentamentos onde estão?

Na mesmice de permanecer igual

Na idiotice das frases feitas

No baile das opiniões compradas


E agora estamos aqui

Sendo questionados sobre tudo

Somos culpados do que não fizemos

E inocentes pelo que pensamos


Refletimos sempre de mãos atadas

E nenhum de nós se conhece

Estamos perdidos e solitários

Num mar de idéias que nos une


Vivos ou mortos, aqui jaz

Dormir ou acordar, satisfaz?

Sorrir ou se coçar, tanto faz

Ouvir ou perguntar, e a paz?


E agora estamos aí

Sendo confundidos sobre o todo

Somos prisioneiros do que sonhamos

E réus primários pelo que omitimos


Tudo acabará como tem que ser

Todos infelizes para sempre

Exceções de sorrisos amarelos

Colhendo aquilo que plantou

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