segunda-feira, 16 de março de 2009

Surreal

A noite estava escuramente negra
Sonhos, árvores, cores e túmulos
Imagens que insistiam voltar à sua mente
Dançavam com os barulhos da noite

Folhas e flores também acordadas
Cores com cheiro de açúcar e mel
Flores e cores espalhadas nos
milhares de túmulos do seu sonho

Vindas de alturas invisíveis
Sobre seu corpo dormente
Coroa de cores que o fizeram rei
Império decrépto de imagens inúteis

Não fique perdido entre elas
Paredes e tetos de sonhos impossíveis
Não acorde, grite o mais alto que puder
Ninguém o escutar, nada há ser ouvido

Abra um a um todos os túmulos
Quando terminar estará cansado
O tempo do sonho será passado
E pesado sobre suas costas

Eras e eras de esforços em vão
Descubra que mesmo sozinho
Você ainda conta com seus signos
Suas flores, cores e túmulos

Desista de olhar pra trás e vá
Esqueça os antigos conceitos
Não existe ninguém pra ajudar
Lápides vazias e sem alma

Todos os vestígios apagados
Sussurros há muito esquecidos
Não queira perceber mais nada
Deixe tudo apenas em sonhos

Não veja e não ouça o que quer dizer
Afaste-se daquilo que te separa da vida
Mas ouse olhar uma última vez pra trás
Perceba que tudo é um sonho surreal.


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